Performances
O nome “Caçamba da vez” faz referência ao termo utilizado pelo mercado imobiliário: “A bola da vez”, isto é, quando um bairro, geralmente residencial, é escolhido para ser ocupado brutalmente por espigões.
A especulação imobiliária elege um bairro agradável, bem estruturado, com casinhas charmosas, cultura local e uma comunidade de convívio harmonioso. Não há dúvida! Esse bairro será “A bola da vez”.
Enquanto as incorporadoras apresentam aos seus compradores esse bairro atraente, tratores e escavadeiras o exterminam.
As demolições são colocadas dentro de caçambas. Lá encontramos: história, identidade, cultura, convívio, afetos – tudo transformado em entulho. A destruição é feroz e os impactos ambientais são avassaladores.
A “Caçamba da vez” é a “Caçamba da fala”. Dentro dela não existe entulho, mas alto-falantes que reproduzem vozes de 1988 retiradas do áudio “A Constituinte e a Ecologia”, pertencente ao acervo do MIS.
O objetivo desta Caçamba é ser mensageira e receptora de vozes, oferecer espaço para a sociedade civil refletir e manifestar-se, externando suas opiniões e expectativas perante a situação que ela experimenta nesses bairros (frações de território da cidade), causada pela trágica atuação da especulação imobiliária.
Essa Performance foi o projeto de conclusão do curso “De Leonardo ao Digital” oferecido pelo MIS – museu da imagem e do som e orientado pelo Prof. Dr.Nelson Brissac.
A performance “A Caçamba da vez: crítica ao espetáculo imobiliário” foi realizada em 26 de novembro de 2011, em frente à Casa Amarela, na Vila Romana – SP.
A Caçamba da vez: crítica ao espetáculo imobiliário


Performance como resistência - participação do músico Loop B - 27/04/2013
Crítica na Revista Performatus.
https://performatus.net/criticas/performance-como-resitencia